terça-feira, 20 de outubro de 2015

DO NADA, TUDO! ( Parte 3) - Orgulho de lado e final


Olhar suas fotos nas redes sociais durante 3 meses era torturante. Sentia falta dele. Das nossas conversas até quase amanhecer, não tinha conhecido ninguém como ele na minha vida nem antes, nem depois.

Até que um dia a noite, eu não consegui mais me segurar e fui puxar papo com ele. Super insegura, tinha certeza que ele ia me ignorar. Mas pela minha surpresa e felicidade, não. Ele me respondeu com uma resposta de que ficou surpreso por eu ter procurado : " nossa, é isso mesmo que eu to vendo, é você mesmo? " rs
(meus olhos se enchem de lágrimas só de lembrar, mas vamos lá) Meu coração se aqueceu, foi como um reencontro. Ele estava perto da minha antiga cidade em que eu moro atualmente. Mas ele estava em jogos regionais por um tempo curto, e eu o comuniquei que eu não estava tão perto dele. Agora a mais ou menos 90 km. Em outra região. Ele então disse pra mim aproveitar e tentar ir vê-lo enquanto ele estava perto de mim jogando. Só que foi em vão. Não deu tempo de eu conseguir uma brecha pra ir e ele foi embora.
Continuamos conversando, como antes, melhor que antes, nada tinha mudado. Ele ainda tinha desejos por mim, e dessa vez eu por ele. Com o coração aberto e agora na atual cidade eu tinha mais coragem. Conversei com ele durante 2 meses e então eu tava decidida a ir lá e "deixar rolar" do jeito que ele queria. Mas os problemas começaram a aparecer...
Eu não tinha como pedir dinheiro para os meus pais, não aquela quantia grande que era o dinheiro da passagem. E também os ônibus chegavam lá a tarde e ele queria que eu ficasse um dia inteirinho lá. Era impossível, dormir lá mais impossível ainda. Ele já tava disposto a me apresentar aos seus pais, só não sei como, mas ele garantia que se fosse pra mim ir dormir lá estaria ótimo.
Voltou toda a tortura. Todos os obstáculos possíveis, a cada dia mais palavras bonitas vindas dele.

Mais na minha mente eu pensava: "gosto tanto dele, tenho certeza de que ele é perfeito pra mim, calmo, humilde, gosta das mesmas coisas que eu, a gente se entende... Mas ele fala tudo com tanta certeza. Será que ele não esta me iludindo pra ter o que quer e depois dizer que a distância está mesmo ruim? Será que posso engravidar com essa aventura? E se a camisinha furar? Nossa eu precisava ir atrás de comprar pílula. Mas ai, mais dinheiro... Assim não dá." Eu estava louca dinovo, só pensava merda. Chorava todo dia.

Não queria abrir mão dele. Não queria que outra o fizesse feliz. Eu queria ser a pequena dele, como ele mesmo dizia.  Eu queria aquele corpo pra mim, andar de mãos dadas, assumi-lo. Eu não achava saída. E fiz o que não era pra fazer. Denovo. Com o coração doendo mais.
Disse a ele que novamente tava tudo dando errado e que talvez não era pra ser.

Ele ficou indignado, disse que eu estava com medo, que eu não podia pensar tão negativo. E eu assumi. Disse que estava com medo sim. Discutimos, feio... E ficamos dois dias sem procurarmos um ao outro.

Os dias passavam e eu só queria saber em chorar, e ouvir músicas tristes. Não dava mais pra alimentar tudo aquilo...
E então deixei o orgulho de lado e conversei sério com ele. Tava na hora da gente acordar, seguir cada um na sua cidade, achar outros que pudessem nos fazer bem, que estivesse perto da gente. Que estivesse ao nosso alcance e que pudesse nos satisfazer do jeito que quiséssemos. E ele concordou. Disse que talvez estávamos mesmo em fases diferentes e que torcia pela minha felicidade, que queria me ver feliz..
E eu chorando muito, como estou agora, disse que sem ele seria muito difícil. Mas que era o único jeito.

Ele propos que fossemos amigos, eu não quis... Disse a ele que eu não suportaria ver suas fotos, suas postagens e muito menos vê-lo com outra em algo mais sério. Ele concordou também.

Foi então que nos despedimos no último "boa noite".



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